quinta-feira, 12 de março de 2009

Nas ondas do rádio

Depois de percorrer, o que considera, o caminho natural das dúvidas - inicialmente tentou os cursos de Geografia e Educação Física - Ana Ferreira Alves de Brito, 27, Aninha para os mais íntimos, encontrou no Jornalismo o que acredita ser o ponto de partida para sua vida profissional.

Mesmo no início, quando ainda não tinha tanta certeza, resolveu encarar o seu grande desafio. E hoje, cursando o 7° período, na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, e apesar de algumas restrições, disse que esperava um curso mais dinâmico e com mais conteúdo, se diz satisfeita, preparada e disposta para os grandes desafios que a esperam.

Sua grande preocupação com o futuro é o emprego, e passa pelo grande número de profissionais despejados anualmente pelas escolas no mercado de trabalho, pela grave crise gerada pelas dificuldades económicas internacionais, entre outras.

Diante desse quadro de catástrofe geral, que ela pinta escorando o rosto com a mão esquerda e coçando os olhos com a mão direita, tudo isso embalado por sua marca registrada, a voz rouca, torna o panorama, dessa belo-horizontina, acostumada aos ares, odores e sabores da Serra, aonde vive com a mãe, a irmã e sua filhotinha, um tanto pessimista.

No momento, está envolvida por seu grande interesse, o rádio, matéria com a qual, como afirma, mais se identificou. "Fiquei fascinada com todas as possibilidades que o rádio oferece como veículo", disse, "esse encontro foi uma grande viagem", completou.

Essa paixão pela mídia mais popular da comunicação brasileira, torna mais fácil o caminho escolhido para o trabalho de conclusão de curso, TCC. A percepção sobre a importância de uma rádio popular que defenda e atenda aos interesses da comunidade aproximaram-na da Rádio Favela.

O trabalho é focado na atuação da rádio junto à população do aglomerado da serra, e as mudanças que esse relacionamento tenha promovido, antes e depois da legalização.

Para ela esse estudo comparativo se torna ncessário quando possibilita mensurar até que ponto a institucionalização da Rádio trouxe um novo formato nas relações entre público e mídia.

Um trabalhão, como afirma, mas nada de desanimar. E por aí vai ditando tudo. Como sempre em velocidade rápida e urgente. Bem ao seu estilo.

Arildo F Hostalácio


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